Se tiver uma origem racial ou étnica diferente da maioria das pessoas do lugar onde reside, poderá ser vítima de discriminação na procura de um emprego ou de os seus filhos serem tratados de forma injusta na escola. A União Europeia assenta no respeito pelos direitos humanos, incluindo os direitos das minorias, e defende os seus interesses, mesmo que não tenha a cidadania da UE.
A legislação da UE proíbe a discriminação baseada na origem racial ou étnica no emprego, na educação e formação profissional, na proteção social e no acesso a bens e serviços, nomeadamente à habitação. Isto significa que não pode ser tratado(a) de forma menos favorável ou ser colocado(a) em situação de desvantagem devido à sua origem racial ou étnica. O assédio com base na raça ou origem étnica e a incitação à discriminação ou ao ódio, incluindo o discurso de ódio na Internet, também são estritamente proibidos pelo Direito da União. Graças à UE, as pessoas que cometem este tipo de delito são consideradas criminosos e, se for vítima de tal crime, pode exigir tratamento de acordo com alguns princípios básicos comuns definidos para todos os Estados-Membros.
Embora a União tenha introduzido legislação para combater a discriminação racial e xenófoba desde 2000, o problema persiste, como poderá saber demasiado bem. Em 2019, um inquérito Eurobarómetro à escala da UE concluiu que mais de metade dos europeus considera que a discriminação racial ou étnica é generalizada no seu país.
A União também financia projetos no âmbito do Plano de Ação contra o Racismo 2020-2025 para ajudar as minorias e disponibiliza uma breve lista de controlo para recolher dados sobre a forma como cada Estado-Membro está a combater a discriminação. Também ajuda os países a trocarem boas práticas.