Há cada vez mais agricultores que optam pela venda direta da sua produção e, ao mesmo tempo, cada vez mais consumidores que querem consumir alimentos saudáveis, frescos, biológicos e produzidos localmente. A venda direta ou em cadeias de abastecimento curtas permite aos produtores eliminarem os intermediários e obterem preços mais justos pelos seus produtos, podendo constituir uma oportunidade para si, como agricultor(a), de consolidar ou aumentar as suas receitas.

Existem várias formas de venda direta, nomeadamente a praticada nas próprias explorações agrícolas ou nos mercados de agricultores, através do sistema de cabazes de frutas e de legumes ou online. A venda direta pode ser praticada por um grupo de agricultores, por exemplo, no âmbito de um concurso público para o abastecimento de cantinas. Os agricultores podem também criar parcerias com os consumidores, que se comprometem a comprar a produção antecipadamente a um preço justo. Atualmente, cerca de 15 % das explorações agrícolas da União Europeia vendem mais de 50 % da sua produção diretamente aos consumidores. Estas explorações são, na sua maioria, pequenas explorações biológicas.

A UE incentiva o desenvolvimento de cadeias de abastecimento curtas e de mercados locais, uma vez que podem contribuir para o reforço da competitividade dos agricultores. No âmbito da sua política de desenvolvimento rural, a União concede igualmente financiamento aos Estados-Membros e às regiões da Europa para que possam apoiar ações destinadas ao estabelecimento de cadeias de abastecimento curtas, como, por exemplo, medidas de apoio ao investimento, à formação de agricultores e a organizações de produtores.